O CARÁTER DO VERDADEIRO POLÍTICO
Ser capaz – ser
temente a Deus – ser honesto – não amar o dinheiro
Prof. Davi Loredo
Felipe*
Há mais de 3 mil anos atrás havia
um povo necessitando de um líder que os conduzisse a uma terra que Deus os
prometera, porém, eles não sabiam como
chegar lá. O homem escolhido foi Moisés que segundo a bíblia e a história era
um homem manso, de caráter, íntegro, honesto e acima de tudo um homem
visionário que tinha muita fé no seu Deus. Más, o que marcou seu sucesso na missão
foi a capacidade de renunciar todas as riquezas do Egito e a si próprio para
servir ao seu povo.
Mais tarde ao ser visitado por
seu sogro chamado Jetro foi aconselhado por ele a nomear um grupo de homens
para ajuda-lo na árdua missão de governar o povo. Os homens a serem escolhidos
deveriam apresentar entre outras, 4 características: Ser capaz, ser temente a Deus, ser honesto e não
amar o dinheiro.
Capacidade tem haver com entendimento, compreensão, técnica e
habilidades. Como pode um político não entender de politica, não saber
planejar, escrever, falar, observar, investigar e propor. Já está comprovado
que o problema da má gestão dos recursos públicos tem como origem a pouco ou
nada experiência de seus gestores. Ninguém coloca seu corpo nas mãos de um
engenheiro e sim de um médico assim ninguém contrata um medico para projetar
sua casa e sim um engenheiro. Então, porque colocamos nosso município, estado e
nação nas mãos de pessoas que não conhecemos ou que não tem capacidade para tal
atividade?
Ser temente a Deus é talvez a maior das virtudes de um homem, pois,
quando um alguém teme a Deus significa que ele tem compromisso com esse Deus e
com sua palavra e de maneira alguma fará algo para prejudicar alguém já que
acredita na punição de Deus. Temer a Deus é ter respeito a ele, de forma que só
pode temer a Deus quem confia, aceita e obedece a sua palavra.
Ser honesto é o que a sociedade tanto deseja ver em seus
representantes. Porém, essa virtude está tão escassa em nossos dias, haja vista
o que o país presencia agora com a condenação dos responsáveis pelo mensalão e
o escândalo Petrobrás.
Não amar o dinheiro, pois, quem ama ao dinheiro nunca será farto de
dinheiro. Esse é o famoso pecado da avareza. Políticos roubam milhões e as vezes
são condenados por migalhas. Pesquisas já mostraram que os recursos desviados
dos cofres públicos no Brasil dariam para fazer casa popular para 60% das
famílias desalojadas. Porque um político não vive somente de seu salário? É
porque são avarentos e sendo assim fazem de tudo para ganharem cada vez mais. O
problema é que quanto mais desviam mais desejo tem de desviar já que isso não
tem fim. O problema do avarento não está em seu bolso e sim no seu coração.
Enquanto ele não for curado por dentro não vai desistir de buscar
compulsivamente aquilo que já se transformou em seu deus – o deus “dinheiro”.
* Davi Loredo Felipe é professor livre docente em cursos de
graduação e pós-graduação em administração.