sábado, 9 de novembro de 2019
MEU ORGULHO NÃO ME DEIXA MUDAR
Não me entristeço e nem fico irritado com pessoas que pensam diferente de mim. O que me irrita, entristece e, confesso me tira a vontade de acreditar no sucesso do país são pessoas que transformam o bem em mal, que se calam diante da mentira e se escondem da verdade, movidos pela vaidade de não se dobrarem diante do engano e equívoco em que viveram a vida toda ou uma parte dela. Eu vi os brasileiros conviverem dezenas de anos com a impunidade, sendo vilipendiados por um sistema político formado dentro de um esquema planejado de corrupção em todos os setores, desde a capital federal até o menor município. Acredito que, não por obra do acaso, mas, por intervenção divina um grupo de promotores e juízes de repente aparecem, se levantam e começam a investigar, processar, julgar e condenar os milicianos da política, sem temer a nada, com uma fúria por justiça, como se quisessem vingar todas as crianças mortas por falta de enfermarias, todos os doentes mortos por falta de hospitais, médicos e medicamentos que a máfia matou por décadas e todo atraso em nossa educação e infraestrutura que nos obrigou a viver à margem do mundo desenvolvido. No meio dessa extraordinária revolução da justiça, imaginei que agora sim os brasileiros que tanto sofreram e pediram justiça irão agradecer a Deus por tal feito e, seguindo o exemplo, poderiam até melhorar suas atitudes individuais em relação a práticas cotidianas que por serem insignificantes do ponto de vista judicial, não deixam de ser crime. Infelizmente estava enganado. Surpreendentemente comecei a ver, principalmente nas redes sociais pessoas que, até então tinha meu respeito, começarem, sem nenhuma razão, a chamar um juiz, agora ministro, de ladrão, sem nem conhecerem o mínimo sua história e vida pregressa. De repente, na boca dessas pessoas, os promotores e juízes que tanto esperávamos que se levantassem em nossa nação se transformarem em bandidos, enquanto os verdadeiros bandidos condenados, já tendo inclusive, alguns, confessado e devolvido dinheiro se tornarem ídolos dessas pessoas. Porque pessoas que tanto sofreram e sabem que foi assim há anos não querem que tais bandidos fiquem presos e paguem pelo que fizeram? Fui buscar a resposta nos 7 pecados capitais e lá encontrei uma razão simples pra tudo isso: o orgulho em alguns e a avareza em outros. A maioria, não cedem por orgulho, mesmo sem nada terem ganhado e sabendo que foram prejudicados e igualmente roubados pelos políticos, inclusive por alguns que ainda lá estão, não querem admitir que estavam enganados. Outros por interesse econômico, por terem conseguido alguma colocação nesses anos anteriores de governo, tendo resolvido o problema pessoal, ou porque estão entranhados em algum emprego ou contrato, seja em sindicado, Ong, universidade ou outro lugar qualquer. A grande causa, parece-me é a ideologia, a lavagem cerebral, a dominação da mente. O individuo vê, mas não enxerga, ou vê, mas não contempla. Não posso ainda dizer se já virou uma doença, mas o futuro dirá. É como uma venezuelana, no lixão dividindo carniça com urubus e recitando a frase “eu amo a revolução bolivariana”. As provas do que ora escrevo está no passado recente. Quem tem um mínimo de sanidade mental pare e observe. Até 2018, ano das eleições nacionais, todos os brasileiros eram uníssonos de que a nação estava em perigo, que havia corrupção na política, que o país estava sendo sucateado, que não tínhamos saúde, educação, segurança e infraestrutura de qualidade e isso era corroborado por todas as mídias. De repente, a direita começa a despontar com possibilidades de chegar ao poder depois de décadas de dominação da esquerda e as pessoas a quem me refiro nesse texto, mudam instantânea e completamente suas opiniões sobre a situação do país e dos políticos. É aí que não me resta outro diagnóstico senão pensar ser uma doença. Hoje, eles se referem ao passado como um tempo maravilhoso que não volta mais, um paraíso perdido, um tempo em que os pobres foram tirados da miséria, uma educação de última geração e a mais perfeita saúde e infraestrutura da história. Não há estatística, notícias ou reportagens que os façam lembrar. É como se estivessem acometidos de doença mental que os impedem de lembrar do recente passado. Então, diante desse quadro, surge minha pergunta: porque tendo visto e vivido a formação de toda a corrupção e miséria de nossa nação e tendo sonhado tanto com a mudança não conseguem comemorá-la e nem aplaudir o que a justiça vem fazendo? Certamente é porque “meu orgulho não me deixa mudar”.
sexta-feira, 30 de agosto de 2019
SOBRE O FUNDO AMAZÔNIA E SEU DESTINO
Raciocine comigo. É fato que o fundo Amazônia recebeu mais de 3 bilhões de reais na última década, sendo distribuídos entre ONGs (em torno de 40%) e O restante entre governos estaduais da região e federal via BNDES (fonte: https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/07/03/quase-60percent-dos-recursos-do-fundo-amazônia-sao-destinados-a-instituicoes-do-governo.ghtml). Falam que tal fundo destina-se a projetos de fiscalização, prevenção e recuperação de áreas degradadas. O que nos causa perplexidade é que todos os anos, para não dizer sempre, estivemos ouvindo e lendo que falta fiscalização, que madeireiros exploram ilegalmente a madeira, dos garimpos ilegais que cada vez mais crescem na região, das queimadas que todos os anos se repetem e que tanto governos quanto ONGs não possuem equipamentos suficientes para monitorar, fiscalizar e combater os crimes e incêndios. Prova disso é que nas queimadas recentes a responsabilidade foi toda lançada sobre o governo federal. Ora, se todo esse dinheiro veio para exatamente monitorar, fiscalizar e inibir tais ações, porque elas continuaram todos esses anos? Não é no mínimo estranho receber recursos para uma coisa e no final de 10 anos você não ter nem o recurso e nem bens adquiridos com esses recursos? Para onde vão esses recursos? Ou precisamente, será que estão sendo aplicados corretamente? Porque as queimadas não são detidas? Quem são os grileiros e porque nunca são apanhados? E os mineradores e exploradores ilegais porque estão sempre aí? Há! a mata é muito grande e não dá pra descobrir. Ora, depois de 10 anos não deu para conhecer um pouco essa floresta em um mundo de tanta tecnologia? Os fazendeiros não são os mesmos? Sabemos que as coisas mudam, más que velocidade é essa? Quando lemos nos jornais antigos noticias sobre a Amazônia, percebemos que são as mesmas de hoje, como se nada tivesse mudado, tanto que o presidente francês acabou por mostrar que em décadas passadas tudo era igual ou pior. Ou estamos sendo enganados com tudo isso ou estão certos os que concordam em internacionalizar a Amazônia e a entregar para o mundo europeu, maior exemplo da história em “preservação de florestas”.
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